Outono
Chegado ao Outono da minha vida
Deixo me cair entre as casas
Madeira, chão, vidro, tudo se contempla ao meu passo
E eis que me preparo para a morte
Sem mais um sopro de vida
Tento respirar sem perceber
Que o último suspiro foi dado em forma de lágrima
Saio como um general de uma batalha
Fluindo de honra, perdido de Amor
Sentindo o tic-tac do peito
Sabendo-o derrotado
Tendo amado muitas batalhas,
Assim me despeço dos campos
Para poder voltar a cair e a contemplar
Todos os meus passos.
(João Alves, Julho/04)
2 Comments:
Pois, não sei porque é que te deu uma inspiração para escreveres este poema. pois nem estamos no Outono estação, e nem tu estás no Outono da vida.
Mas sabes que mais? GOSTO!
Sim, é verdade, gosto do poema, e melhor ainda. Gosto, porque gosto e nada mais de razões que sejam.
BEIJOKINHAS
João, não estás no Outono da vida! Podes ter certeza que não ou então estás temporariamente.. se calhar estamos todos no Outono da vida de vez em quando, em momentos mais dificeis.. Depois entramos em momentos de decadência e Invernos para depois voltarmos à Primavera. Talvez a vida seja mesmo esse ciclo ininterrupto. De qualquer maneira, acho que agora já estás um pouco menos no Inverno e mais na Primavera, outra vez, espero que sim.
Um abraço
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