Visões
Visões
Vejo da janela lágrimas que escorrem
Vejo pernas que tremem, corações que saltam, amores que suam
Vejo este, aquele, antes, depois, sozinho, acompanhado
Vejo o que queria ver em mim
Vejo o que não queria ver
Vejo a tortura, tão macroplanetária, tão micropessoal
Vejo a nuvem que tenta cobrir o Sol
Vejo o Sol, numa fúria rampante olhando por entre nuvens
Vejo o que era,
Vejo o que fui,
Vejo o que podia ser,
Vejo o que queria ser,
E
Vejo que sou mais nuvem do que
Vejo que sou sol
João (Abril/04)
1 Comments:
Este poema é sem dúvida lindo. Daqui por uns anos certamente será analisado nas escolas pelos mais novos. Há observação de tudo o que rodeia o sujeito poético, observação do eu interior, e acaba com o sol ao fundo!!
Gosto
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